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LABORATÓRIO DE PÓS-DOUTORADO E ESTUDOS AVANÇADOS EM ANTROPOLOGIA
 
Destinado a profissionais de outras instituições que, no contexto do Programa, desejam exercer temporariamente e aperfeiçoar suas atividades de ensino e pesquisa. Visa, assim, partilhar experiências com professores e estudantes de Pós-Graduação do DAN. O Laboratório está aberto a antropólogos doutores que, sem obrigações docentes, dediquem-se inteiramente às suas pesquisas, participando também dos seminários do DAN.
 

LABORATÓRIO DE ETNOGRAFIA DAS INSTITUIÇÕES E DAS PRÁTICAS DE PODER - LEIPP
 
Objetivos:
 
1. Propiciar aos professores e alunos do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social um espaço para discussão e desenvolvimento de projetos de pesquisa relativos às práticas de poder em diferentes contextos, configurações e relações sociais em distintas instituições;
2. Incentivar a realização de atividades de pesquisa e de ensino em conjunto com pesquisadores envolvidos com tais universos teóricos e empíricos, com ênfase especial em reflexões sobre os desafios específicos de se realizar pesquisa em e com sujeitos considerados burocratas, lideranças políticas e nos chamados universos "up"; 
3. Produzir publicações diversas (artigos, livros autorais, coletâneas e dossiês);
4. Promover cursos e minicursos (atualização e especialização) voltados para os profissionais que atuam nestes contextos, bem como seminários e outras atividades para apresentação e intercâmbio das investigações desenvolvidas por seus pesquisadores: e 
5. Favorecer o intercâmbio de ideias e experiências com pesquisadores de temáticas afins em âmbito nacional e internacional.
 
Coordenadores/Pesquisadores do LEIPP: 
Profª. Carla Costa Teixeira - Coordenadora
Profª. Andréa de Souza Lobo - Pesquisadora
Prof. Luiz Eduardo de Lacerda Abreu - Pesquisador
 
 
Clique aqui para acessar o site do LEIPP
 
 
LABORATÓRIO ETNOGRAFIA DAS CIRCULAÇÕES E DINÂMICAS MIGRATÓRIAS - MOBILE
 
Objetivos:
 
O laboratório e grupo de pesquisa tem como objetivo se constituir como espaço de debate das investigações desenvolvidas no campo dos estudos das mobilidades em contextos globais. Nossa inspiração vem das esculturas móbiles, que são geralmente compostas de frágeis elementos ligados frouxamente por um sistema de hastes finas, que balançam suavemente e giram livremente, descrevendo uma infinita variedade de movimentos curvos. Assim como tais esculturas, que se diferem das demais por ganhar expressão e significado através do movimento, a perspectiva que nos une e que se pretende como foco das pesquisas desenvolvidas no âmbito do grupo se assenta no enfoque sobre os movimentos diversificado de pessoas e nos consequentes processos de circulações de coisas, informações, ideias, símbolos e valores que o acompanham. Tais fluxos podem ser observados em diferentes escalas – local, regional, continental, global – desde que se ancorando em discussões capazes de incorporar a profundidade histórica das experiências de circulação e de provocar um olhar sobre a articulação entre esses movimentos e a delimitação de limites socioculturais diversos.
 
 
A criação do grupo visa envolver pesquisadores e estudantes que já refletem em conjunto sobre tais temáticas, formalizando o espaço de debate que já existe no DAN/UnB e visando ampliá-lo no e para além do meio acadêmico, se utilizando de uma perspectiva interdisciplinar. A criação do grupo, portanto, impulsionará não só a ampliação da rede com interlocutores externos, dentro e fora do Brasil, mas pretende incluir profissionais que se inserem na temática via ação e intervenção.
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LABORATÓRIO DE ESTUDOS EM ECONOMIAS E GLOBALIZAÇÕES - LEEG
 
Coordenadora: Kelly Silva
 
O LEEG  objetiva produzir conhecimentos sobre as múltiplas dinâmicas que estruturam a produção  de pessoas e coisas, em perspectiva etnográfica, multiescalar e comparativa, em particular em contextos onde relações glocais se produzam claramente.
 
Denominamos economia ao conjunto de procedimentos de produção, troca e consumo pelo qual populações e instituições garantem sua reprodução mediante a reposição de pessoas e coisas e articulações entre regimes heterogêneos de produção, troca e consumo.
 
Denominamos globalização ao aumento, historicamente experimentado, da influência e do imbricamento de redes de locais diferentes as quais têm incrementado, quantitativa e qualitativamente, a complexidade das suas trocas (culturais, sociais, econômicas e políticas) como um resultado da intensificação da compressão do tempo-espaço. Alguns cenários privilegiados para observar e (re)interpretar estas dinâmicas envolvem diferentes agentes/agências, aparatos, territórios, inter-relações e conflitos relacionados aos “desenvolvimento”, isto é, formas de expansão e transformação do capitalismo contemporâneo.  Outros remetem à inovação tecnológica de ponta e à reprodução da infra-estrutura da economia capitalista, sob a hegemonia do capitalismo eletrônico-informático, assim como a outras formas de construir e exercer poder político e econômico como as vinculadas à reprodução do capitalismo financeiro global e ao transnacionalismo contemporâneo. Estudos de migração, de discursos globais (como o do antropoceno e do aquecimento global), de elites vinculadas à governança global e orientadas por representações cosmopolitas e transnacionais são igualmente importantes.
 
Adotamos também uma perspectiva crítica a metanarrativas de dominância do capitalismo e da sociedade de e para o mercado. A compreensão etnográfica das configurações organizacionais e morais plasmadas por práticas de governo em prol de economias de mercado deve presumir que o que se impõem por meio delas são capitalismoS e formações econômicas variantes no tempo e no espaço. Nesse contexto, economias de mercado e capitalismos são antes de tudo efeitos; estão imbuídos de traços singulares oriundos de negociações com dinâmicas de reprodução social locais.
 
O holismo metodológico que caracteriza a epistemologia antropológica implica reconhecer também que o que chamamos de economia é um efeito de ansiedades de separação e purificação que se conformam de maneira particular em diferentes lugares.  Desse modo, interessa-nos compreender as dinâmicas sociais, políticas e cosmológicas que têm permitido a emergência e reprodução de arranjos econômicos singulares assim como de diversos cenários e processos de globalização.
 
Os investigadores que compõem a equipe do laboratório trabalham em três grandes frentes de pesquisa: 1. Etnografias de regimes econômicos não-hegemônicos (não-capitalistas); 2. Etnografias da expansão e transformações do capitalismo, como um regime de produção e da sociedade de mercado que o acompanha; 3. Etnografias das imbricações destes regimes, dos seus agentes/agências, ideologias/utopias e territórios relacionadas às diversas formas de globalização.
 
O LEEG realiza seminários duas vezes ao mês, nas dependências do DAN. Nestas ocasiões são discutidos trabalhos produzidos pelos pesquisadores que integram sua equipe assim como trabalhos clássicos ou de publicação recente que sirvam como fonte de inspiração para continuidade das investigações abrigadas no laboratório.
 
Para seus próximos anos de atividade planeja-se aumentar o diálogo com colegas vinculados ao Departamento de Economia da UnB assim como com outros centros de pesquisa sobre economia e globalização na antropologia e fora dela, no Brasil e no exterior.
 
LABORATÓRIO DE INDIGENISMO E ETNOLOGIA - LINDE

Objetivos:

1. Proporcionar aos professores e alunos do Departamento de Antropologia um espaço formal para a discussão e desenvolvimento de projetos de pesquisa relativos à Etnologia Indígena, Indigenismo e Relações Interétnicas (aqui entendidas como relações entre povos indígenas e população não indígena);
2. Incentivar o diálogo e o intercâmbio, em torno desses temas de pesquisa, com professores e estudantes de outros departamentos e universidades e, de modo mais geral, com colaboradores externos;
3. Promover uma melhor integração entre os diferentes projetos desenvolvidos nessas linhas de pesquisa;
4. Incentivar a realização de atividades de pesquisa e de ensino nessas linhas de pesquisa através de grupos de leitura, oficinas e seminários;
5. Promover eventos nacionais e internacionais que congreguem pesquisdores experientes e estudantes da área;
6. Obter recursos para a publicação de resultados de pesquisa e de coletâneas abrigando trabalhos apresentados em eventos específicos;
7. Promover cursos de extensão (atualização e especialização) voltados para os profissionais que atuam nessas áreas.
 
Quanto à sua estrutura, o Laboratório de Indigenismo e Etnologia - LINDE é composto pelos profs. Roque de Barros Laraia, Julio Cezar Melatti, Alcida Rita Ramos, Stephen Grant Baines, Marcela Stockler Coelho de Souza, José Antonio Vieira Pimenta e Luis Abraham Cayón Duran.
 
O Laboratório conta com uma coordenação rotativa. Em 2011 foi coordenado pelo Prof. Luis Abraham Cayón Duran. Em 2019 está sob coordenação do Prof. José Antonio Vieira Pimenta. 
 
 
LABORATÓRIO DE VIVÊNCIAS E REFLEXÕS ANTROPOLÓGICAS: DIREITOS, POLÍTICAS E ESTILOS DE VIDA - LAVIVER

O Laboratório de vivências e reflexões antropológicas: direitos, políticas e estilos de vida (LAVIVER) objetiva promover estudos, eventos, pesquisas e publicações que proporcionem reflexões acerca de dinâmicas contemporâneas de constituição de composições e processos sociais a partir de pesquisas de campo antropológicas.

O foco principal do laboratório está nas formas de viver e agir relacionadas a práticas de justiça e cidadania, movimentos políticos e dinâmicas urbanas, em perspectiva comparada.

O laboratório articula atividades individuais, bem como aquelas de grupos de pesquisa coordenados por professoras do Departamento de Antropologia da UnB, promovendo diálogo entre diferentes linhas de pesquisa e equipes de trabalho.

Justificativa

A proposta de criação de um laboratório que sirva como espaço de diálogo e troca entre diferentes práticas antropológicas surge a partir da necessidade de um espaço de discussão que transcenda os interesses específicos de linhas de pesquisa já estabelecidas. Surge também do desejo de proporcionar à próprias pesquisadoras, bem como a alun@s envolvid@s em diferentes grupos de estudos e pesquisas, oportunidades de compartilhar suas reflexões e vivências etnográficas em um âmbito mais amplo, que favoreça debates, discussões e/ou colaborações inovadoras.
 
Coordenadoras/Pesquisadoras do LAVIVER:
Antonádia Monteiro Borges
Cristina Patriota de Moura
Christine de Alencar Chaves
Lia Zanotta Machado
Soraya Resende Fleischer
 

LABORATÓRIO DE ANTROPOLOGIA DA CIÊNCIA E DA TÉCNICA - LACT
 
Coordenador: Prof. Guilherme José da Silva e Sá
 
O LACT tem como objetivos congregar pesquisadores e estudantes no debate e na reflexão a respeito de situações empíricas, idéias e autores, constituindo assim um ambiente de fomento e de exposição de pesquisas. Nesse sentido, dois pontos são fundamentais. O primeiro deles é considerar de forma mais detida a articulação dos estudos sobre a ciência e a técnica de modo geral com os aspectos próprios à teoria antropológica. Além disso, na proposta do laboratório tem grande relevância a abordagem etnográfica da ciência e da técnica, o que se desdobra numa discussão a respeito do estatuto e das particularidades da etnografia frente a tais temas. 
Do ponto de vista temático, o enfoque está na relação entre humanos e não humanos. Nesse marco, destacam-se os seguintes tópicos: práticas científicas; processos técnicos; relações entre humanos e animais; análise de controvérsias; construção de corpos e intersubjetividade; relações entre naturezas e culturas.

Objetivos e estrutura:

O Laboratório de Antropologia da Ciência e da Técnica (LACT) tem por objetivo:
1. Propiciar aos professores e alunos do Departamento de Antropologia um espaço para discussão e desenvolvimento de projetos de pesquisa relativos à ciência e a técnica.
2. Promover cursos de extensão, eventos e ciclos voltados para um público mais amplo interessado nas abordagens antropológicas e etnográficas das ciências e das técnicas.
3. Favorecer o intercâmbio de idéias e experiências com pesquisadores de temáticas afins em âmbito nacional e internacional.
4. Tornar-se ponto de referência e ao mesmo tempo incentivar a constituição de uma ampla rede (nacional e internacional) de pesquisadores da área. Sendo, para isto, fundamental a sua consolidação como grupo de pesquisa reconhecido e cadastrado nas plataformas do CNPq:
(http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=02407035EMV7HO)
 
 
LABORATÓRIO DE IMAGEM E REGISTRO DE INTERAÇÕES SOCIAIS (IRIS)

O Laboratório foi criado com o objetivo de subsidiar, apoiar e promover o uso de recursos audiovisuais em atividades de pesquisa, ensino e extensão dos corpos docente e discente do Departamento de Antropologia. Compreende ainda finalidade do laboratório o estímulo a produção de conhecimento prático e teórico acerca da relação entre a prática antropológica e os recursos audiovisuais em todas as suas dimensões. Integram o laboratório todos os docentes do Departamento de Antropologia da UnB, bem como os dicentes dos cursos de pós-graduação e de gradudação. Seus coordenadores são os professores Daniel Schroeter Simião e Carlos Emanuel Sautchuk.
 
Compete ao laboratório:

1. Manter constante atualização e ampliação de acervo, bem como dos equipamentos e material de suporte para produção audiovisual.
2. Gerenciar o empréstimo de equipamentos a docentes e discentes, mediante condições estipuladas em regulamento específico.
3. Gerenciar o empréstico de obras de acervo a docentes, discentes e terceiros, mediante condições estipuladas em regulamento específico.
4. Disponibilizar meios para produção, edição e finalização de obras audiovisuais de professores e alunos, na medida de suas possibilidades e nos ermos e condições estipuladas em regulamento específico.
5. Promover e apoiar a divulgação por diversos meios das obras acima referidas.
6. Disponibilizar, por diversos meios, oportunidades de capaticação de docentes e discentes no uso e incorporação de tecnologias audiovisuiais na pesquisa antropológica.

O laboratório visa também estimular à geração de conhecimento prático e teórico acerca da relação entre antropologia e o campo audiovisual, com a oferta regular de disciplinas da graduação e pós-graduação acerca do tema e fomentar a realização de eventos regulares de exibição e debate de material audiovisual, bem como de reflexões sobre o tema da relação entre pesquisa antropológica e o campo audiovisual.
 
 
LABORATÓRIO E GRUPO DE ESTUDOS EM RELAÇÕES INTERÉTNICAS (LAGERI)
 
 
Coordenador: Prof. Stephen Grant Baines
 
O Laboratório e Grupo de Estudos em Relações Interétnicas (LAGERI), É um laboratório e grupo de estudos em relações interétnicas, e atividade de extensão do DAN/UnB. Em março de 2012, foi formalizada em reunião do Colegiado do DAN/UnB, a transformação do antigo Grupo de Estudos em Relações Interétnicas (GERI), criado em 1997 no DAN e ativo desde então, em Laboratório e Grupo de Estudos em Relações Interétnicas (LaGERI) . O LaGERI continua com os mesmos objetivos:
 
1. Propiciar aos professores e alunos do Programa de Pós-Graduação e da Graduação do Departamento de Antropologia um espaço para a discussão e desenvolvimento de projetos relativos ao estudo de relações interétnicas e etnicidade, com ênfase em etnologia indígena.
2. Incentivar a realização de atividades de pesquisa e ensino no Departamento de Antropologia (DAN/UnB) em conjunto com o Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas (CEPPAC/ UnB) com foco em relações interétnicas, etnologia indígena e identidade étnica.
3. Promover seminários e grupos de trabalho em eventos nacionais e internacionais, relacionados à temática de relações interétnicas e etnologia indígena.
4. Incentivar o intercâmbio de ideias e experiências com professores e pesquisadores de outros departamentos da UnB, e de outras Universidades nacionais e internacionais, como já vem acontecendo.
5. Promover a publicação de artigos e livros sobre relações interétnicas, identidade étnica e etnicidade, sobretudo artigos resultantes de apresentações realizadas em reuniões do LaGERI.
 
Conta com a participação de professores/pesquisadores do DAN/UnB e CEPPAC/UnB e de outras Universidades, e alunos da Pós-Graduação e da Graduação em Antropologia da UnB. Seu coordenador atual é o professor Stephen G. Baines.
 
 
LABORATÓRIO DE ETNOLOGIA EM CONTEXTOS AFRICANOS - (ECOA)
 
O Laboratório, coordenado pelas professoras Andréa de Souza Lobo e Juliana Braz Dias, desenvolve atividades de estudo, investigação, eventos e publicações que proporcionam reflexões sobre contextos africanos, nomeadamente em duas linhas de pesquisa principais: Etnologia da África Ocidental e Etnologia da África Austral.
 
Tem como objetivos:
 

1) Promover e incentivar o diálogo e o intercâmbio com pesquisadores no âmbito local, nacional e internacional;
2) Produzir espaços de debate e reflexão crítica sobre a vida social em contextos africanos;
3) Fomentar a investigação e incentivar o ensino nas linhas de pesquisa contempladas pelo Laboratório;
4) Difundir, de maneira acessível e atraente, a produção antropológica contemporânea de Brasília e de outros centros no Brasil e no Exterior;
5) Organizar eventos nacionais e internacionais que congreguem pesquisadores experientes e estudantes da área;
6) Promover ações que proporcionem a interação da academia com a comunidade mais ampla;
7) Colaborar com o exercício da autonomia, da cidadania, da identidade e da diversidade cultural dos grupos abordados por ações do Laboratório, por meio de práticas artísticas e culturais em diálogo com suas experiências socioculturais.

 
LABORATÓRIO DE ESTUDOS DA CIDADANIA, ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS E JUSTIÇA - (CAJU)
 
Coordenador: Prof. Luís R. Cardoso de Oliveira
 

O laboratório de pesquisa sobre “Cidadania, Administração de Conflitos e Justiça” – CAJU tem realizado seminários regulares desde de 2011. O processo que levou à sua formação, contudo, data do início dos anos 1990, com a criação da disciplina Antropologia Jurídica no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UnB, que a partir de 2005 também passou a ser oferecida para a Pós-Graduação em Direito. A criação da disciplina atraiu muitos alunos da antropologia e do direito para este campo de estudos, alguns dos quais fizeram teses e dissertações sobre o tema.

 
Neste quadro, a partir de 2005 este grupo de pesquisadores passou a reunir-se periodicamente em “Seminários de Pesquisa” centrados no desenvolvimento do trabalho de cada um e na troca de experiências. Estes seminários constituíram de fato o embrião das atividades do CAJU, incluindo agora também pesquisadores de outras instituições. Os Seminários CAJU ganharam maior visibilidade como espaço para apresentação de resultados de pesquisa em diferentes níveis de desenvolvimento, e têm sido bastante importantes para dinamizar o diálogo em nossa rede de pesquisadores.

Entre 2006 e 2009, professores e estudantes do DAN integraram um PRONEX/CNPq intitulado “Sistemas de Justiça Criminal e Segurança Pública, em uma perspectiva comparada: administração de conflitos e construção de verdades”, que articulava núcleos de várias Universidades brasileiras em torno do tema. A partir desta experiência de nucleação, em 2009 surgiu o INCT/InEAC (Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos), sob a subcoordenação de professor do DAN (prof. Luís R. Cardoso de Oliveira) e que conta atualmente com a participação de outros docentes e discentes do DAN.
 
Dinâmica de funcionamento

Integram o Laboratório CAJU, na qualidade de pesquisadores, os docentes do DAN (professores permanentes, substitutos, visitantes e bolsistas em programas de pós-doutorado) e de outras unidades da UnB e de instituições congêneres que desenvolvem atividades de pesquisa na área, bem como discentes de pós-graduação e graduação sob orientação dos docentes acima referidos.

As pesquisas realizadas no âmbito do laboratório têm carácter essencialmente etnográfico e comparativo, fazendo com que os resultados apresentados sejam articulados de forma contrastiva, sempre com o objetivo de elucidação recíproca. O laboratório também cultiva a diversidade de perspectivas e a interdisciplinaridade para além do diálogo entre Antropologia e Direito.

A coordenação do CAJU é exercida por ao menos um docente do DAN, responsável pela organização de seminários de pesquisa periódicos, com frequência preferencialmente quinzenal, para apresentação e discussão de resultados de pesquisa em curso.
 

LABORATÓRIO DE ANTROPOLOGIAS DA T/TERRA — T/TERRA 

Coordenação: Prof.ª Marcela Stockler Coelho de Souza
 

O objetivo primeiro do T/terra é ser um espaço para a fertilização mútua entre pesquisas que descrevem como diferentes pessoas e coletivos constituem as terras em que vivem, a partir das suas próprias práticas de conhecimento e ao longo de suas histórias específicas, bem como os processos de tradução dessas práticas na interação com outras agências, no contexto da presente (e persistente) ofensiva sobre as terras e vidas que não se deixam definir pela lógica colonial do Estado ou do capital. No horizonte dessa proposta está também o aprofundamento de um diálogo entre antropologia e direito, especialmente no que tange aos debates sobre direito territorial diferenciado que escapam às ideias comuns de posse e propriedade. Mas há outras conexões.

A criação do T/terra visa fortalecer convergências de diferentes interesses e práticas de pesquisa — mas também de ensino e extensão — que vêm emergindo recentemente e que — operando em um campo multidisciplinar e transdisciplinar — incidem ao mesmo tempo sobre dimensões epistemológicas, políticas, metodológicas e pedagógicas. Queremos estabelecer conexões transversais aos campos convencionalmente constituídos no interior da antropologia enquanto disciplina, das ciências sociais e das humanidades como áreas, assim como da universidade enquanto instituição. Sediado no PPGAS/UnB, o T/terra reúne professores, pesquisadores, estudantes de pós-graduação e graduação do DAN e de outras unidades da UnB, assim como de outras universidades e instituições, associados ao Grupo de Pesquisa Antropologias da T/terra e identificados com seu programa e linhas de pesquisa. Nossa intenção é atravessar ainda certas fronteiras insistentes, questionando as demarcações que dificultam a plena integração do ensino, pesquisa e extensão, da graduação e da pós-graduação, e, sobretudo, a integração da universidade com outros espaços de produção de conhecimento, abrindo-se o laboratório à participação plena de pesquisadores, pensadores, mestres e conhecedores externos à academia. O plural antropologiaS sinaliza assim a expectativa de fazer se cruzarem aqui diferentes “antropologias” (incluindo discursos e práticas que não se reconheceriam sob este rótulo). Queremos criar conexões através das fronteiras, conexões que possam contribuir para a criação de novos territórios — conceituais, políticos, existenciais.

T/terra: nos agarramos ao termo num movimento que se pretende tático (a intenção não é legislar em matéria de vocabulário conceitual). Queremos recuperá-lo por sua capacidade de fazer aparecer diferenças que possam fazer uma diferença nos embates em curso sobre as T/terras — que possam sugerir e facilitar aquelas novas conexões. Quanto à grafia, a dupla inicial não pretende estabilizar uma dualidade específica qualquer — nenhuma oposição. Trata-se de um simples lembrete da ‘polissemia’ do termo, de seu potencial de equivocação, dos espaços ou vãos que pode abrir para encontros — e desencontros — entre diferentes mundos. A alternativa ou alternância T/t quer sinalizar tanto os significados contidos no termo quanto aqueles incontidos, obrigando ao seu transbordamento: planeta/solo, globo/superfície, concebido/vivido, continente/conteúdo, ego/oikos, cosmologia/economia, etc. O que está em jogo nesse artifício não são portanto apenas as potências de uma palavra, mas todas as outras palavras que ela evoca.

 

LABORATÓRIO CASCA: Coletivo de Antropologia e Saúde Coletiva
(Laboratório de pesquisa, docência e extensão)
 

Coordenação: Prof.ª Soraya Fleischer
 
Composição: Everton Pereira, Rosamaria Carneiro, Silvia Guimarães e Soraya Fleischer
 
Departamentos: Antropologia, Saúde Coletiva e Estudos Latino-Americanos

 

1- Objetivos

A CASCA é um grupo de pesquisa e também um laboratório de pesquisa que tem por área determinante a antropologia e por linhas de pesquisa a antropologia da saúde, a antropologia aplicada à saúde, as ciências sociais na saúde coletiva, os determinantes sociais em saúde, saúde, interculturalidade e intermedicalidade, saúde e saberes tradicionais, políticas públicas em saúde, direitos humanos e saúde.

Inclui professores/as dos Departamentos de Antropologia, Saúde Coletiva e Estudos Latino-Americanos da Universidade de Brasília, bem como os/as estudantes que estiverem em relação de orientação e supervisão com os/as mesmos. Agrega professores/as e pesquisadores/as visitantes e colaboradores/as da ou em trânsito pela UnB.

Este é um coletivo que pretende dar senso de corpo e identidade comum para interesses e possibilidade de encontro entre antropologia e saúde coletiva. Dados, teorias, conceitos, metodologias da antropologia e da saúde coletiva poderão promover híbridos, nuances e combinações ao mesmo tempo imprevisíveis e desejáveis.

2- Atividades

- Oferecer disciplinas de graduação, pós-graduação e especialização sobre antropologia e saúde coletiva nos três departamentos. Será importante, eventualmente, que essa docência seja compartilhada entre os quatro docentes da CASCA, potencializando diálogos e intercâmbios interdepartamentais e interdisciplinares. Essas disciplinas poderão ser as tradicionais, que já constam nos currículos dos respectivos cursos de graduação e pós-graduação em Antropologia, ELA e Saúde Coletiva, como também serem oferecidas como minicursos, cursos de curta duração, cursos de extensão e de capacitação dentro e fora da universidade, de modo presencial e remoto, com universidades no Brasil e no exterior.

- Estimular a discussão de práticas docentes e didáticas. Também será espaço para reunir orientandos/as, ajudar que se conheçam e desenvolvam, entre si, a rotina do aprendizado horizontal. A Saúde Coletiva, mais do que a Antropologia, inventa espaços para reflexões sobre o ensino e a aprendizagem. Mas ambas áreas enfrentarão os desafios de fazer interseções entre fronteiras disciplinares diferentes, traduzir conceitos e argumentos de um lado a outro, inventar formas de dar aulas conjuntamente.

- Elaborar e realizar projetos de pesquisas em conjunto, permitindo que estudantes de diferentes departamentos e níveis de formação trabalhem e aprendam juntos. Os projetos podem se originar a partir da CASCA mas também serem encomendados à CASCA, pelo público externo, como instituições e profissionais de saúde, por exemplo.

- Organizar eventos acadêmicos sobre sua temática ampla, numa tentativa de, a um só tempo, agregar discentes e docentes da universidade e também de comunidade externa. Nesses eventos, pesquisas em formulação, andamento e conclusão poderão ser apresentadas e debatidas. Aqui, há um intuito claro de ampliação dos efeitos dos resultados, de devolução aos contribuintes, produção de novas redes e possibilidades futuras.

- Um tipo de evento em particular será promover o encontro entre estudantes dos três departamentos com profissionais da antropologia já atuando em diversos e criativos postos do mercado de trabalho. A ideia é que a CASCA possa ampliar o horizonte de empregabilidade do alunado, para além das reduzidas oportunidades na universidade.

- Funcionar como um permanente grupo de estudo, em que as pesquisas de todos os seus integrantes poderão ser apresentadas e debatidas de modo mais informal e processual. Encontros internos, sem a participação do público externo, são importantes para ajudar a ensaiar a fala pública de um/a neófito, para amadurecer as ideias de um texto em andamento, para conseguir receber e absorver críticas vindas de áreas diferentes.

- Socializar e tornar mais transparentes e acessíveis os processos de escrever e publicar, dentro dos cânones editoriais das três áreas (Antropologia, Saúde Coletiva e Estudos Latinoamericanos), dentro do DF e do Brasil e também na América Latina. A ideia é fomentar publicação, criação e/ou fortalecimento de periódicos e/ou dossiês sobre a temática da antropologia e a saúde coletiva. Poucos estudantes conhecem os periódicos organizados por discentes e docentes da área e seus respectivos ritos de tramitação e publicação. Tampouco consideram que participar e/ou criar e manter um novo periódico já seja uma possibilidade de aprendizado durante os anos de formação. Inclusive, duas professoras da CASCA são editoras de revistas de Antropologia e Saúde Coletiva, o que poderá ajudar no conhecer desses processos.

- Exercitar diferentes modos de sistematizar e divulgar resultados, seja na escrita ortodoxa da academia, seja em formatos e veículos menos convencionais, dentro e fora da universidade. Além da escrita, a CASCA também pretende experimentar o áudio (programa de rádio e podcast), o filme (documentários), a arte (performances). Esses diferentes materiais não apenas ajudam a comunicar mais amplamente resultados e reflexões de pesquisa, como também podem ser bem aproveitados dentro do espaço da sala de aula, nos processos de formação e aprendizado. O coletivo também poderá dar entrevistas, participar de programas de televisão, escrever para jornais, publicar em blogs, aplicar teorias, dar aulas e cursos práticos em outros espaços, militar com os movimentos sociais, pautar políticas públicas em saúde. A ideia é que o Coletivo consiga fazer reverberar seus resultados, popularizar a ciência, democratizar o acesso ao que é produzido na universidade.

- A CASCA irá aproveitar do contexto de oportunidades que o Distrito Federal lhe apresenta. A UnB conta com dois cursos de Saúde Coletiva, concentra uma discussão afiada sobre os temas da saúde em dois diferentes campi. Nas imediações de seu campus da Asa Norte, há a FIOCRUZ, a OPAS e a OMS. Na cidade, há organizações não governamentais que atravessam o tema da saúde com direitos humanos, como a ANIS, o CFEMEA e o INESC.

 

LABORATÓRIO MATULA - Sociabilidades, diferenças e desigualdades

Coordenação: Profa. Sílvia Guimarães e Prof. Carlos Alexandre Barboza Plínio dos Santos

O laboratório Matula está ancorado no grupo de pesquisa do CNPq intitulado "Sociabilidades, diferenças e desigualdades". Pretende produzir conhecimento sobre os contextos de produção e articulação da diferença e desigualdade que marcam pessoas e grupos sociais nas perspectivas de gênero, etnia, raça, classe, territorialidades e que desencadeiam estratégias de resistência e resiliência e a criação de perspectivas epistemológicas. Visa incentivar o debate que favoreça o ativismo político de grupos sociais, como o movimento indígena e quilombola. Pretende criar uma rede entre pesquisadores nas Universidades e em contextos não-hegemônicos (indígenas, quilombolas e outros).

Subdivide-se em três linhas temáticas e de ações: primeira, “epistemologias da criatividade” que pretende dialogar e fomentar o debate com acadêmicos indígenas, quilombolas e de outros grupos sociais não hegemônicos; segunda, “interfaces do Estado/capital, redes sociais e ativismo político”, pretende analisar como se constituem as intervenções múltiplas das lógicas estatais e do capital e mecanismos e estratégias de produção de ações sociais que possibilitem o ativismo político; terceiro, “modos de viver, regimes de saberes e práticas”, pretende discutir como são criadas estratégias de cuidado, sociabilidades e epistemologias além de analisar a formação de intelectuais, ativistas, cuidadores ou terapeutas populares, indígenas e quilombolas.  

Entre travessias, na trilha, a matula levada é mais do que comida, contém afeto, poesia, reencantamento e insatisfação.