História do PPGAS/UnB - Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília
A Antropologia na Universidade de Brasília nasceu com a própria Universidade. Em 1963, Eduardo Galvão iniciou o ensino da Antropologia e chegou a criar um Curso de Mestrado, desativado com a crise política nacional de 1965. Em 1972, o Mestrado foi recriado na UnB por Roberto Cardoso de Oliveira, que havia sido convidado pelo então reitor Amadeu Curi para lecionar na UnB, com carta branca para fazer as contratações necessárias à Instituição do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; em 1981, criou-se o Doutorado em Antropologia no âmbito do Programa. Como em outras instituições de ensino superior, a consolidação do Programa de Pós-Graduação impulsionou a criação, em 1986, de um Departamento de Antropologia autônomo.
Com um corpo docente variando de 15 a 18 professores-pesquisadores, o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social tem mantido uma qualidade de nível internacional no ensino e na pesquisa. Desde seus inícios, tanto o Mestrado quanto o Doutorado têm sido avaliados ininterruptamente pela CAPES como conceitos "A" e, a a partir de 2001, com conceito 7, o que qualifica nossa Pós-Graduação, por cerca de quatro décadas, como um Programa de Excelência.
O Programa tem atraído estudantes de todas as regiões do Brasil e foi designado pela Fundação Ford como "centro preferencial para o recebimento de alunos da América Latina". A tradição cosmopolita do PPGAS em Brasília evidencia-se na composição de seu corpo docente e discente. Por ele já passaram estudantes de vários países da América Latina (Argentina, México, Peru, Chile, Guatemala, Honduras, Uruguai, Venezuela), dos Estados Unidos, Inglaterra e França. Juntamente com a circulação de professores-pesquisadores visitantes, esse fluxo de pós-graduandos tem contribuído para a criação de parcerias com vários desses países e de redes de pesquisadores e docentes que se congregam em torno de linhas de pesquisa que lhes são comuns. Esse cosmopolitismo, aliado à sólida formação de seus docentes, à quantidade e qualidade de produção científica, à consistência do currículo, à qualidade do corpo discente e ao eficiente fluxo da formação de mestres e doutores, tem contribuído para consolidar o lugar de destaque que a Antropologia de Brasília ocupa no cenário nacional e internacional.
O Programa conta, também, com o Laboratório de Pós-Doutorado e Estudos Avançados em Antropologia cuja criação formalizou uma prática instaurada desde o início da Pós-Graduação. Seu objetivo é atrair doutores em antropologia para desenvolver pesquisas, redigir seus resultados e partilhar experiências com professores e estudantes de pós-graduação do PPGAS. No Laboratório, antropólogos e doutores de qualquer parte do mundo encontrarão um espaço não apenas físico, mas, principalmente, intelectual que lhes propiciará a dedicação exclusiva à pesquisa e a eventual participação em seminários.
Vários dos membros e ex-alunos do PPGAS são referências centrais em diferentes áreas das ciências sociais. A visibilidade do Programa tem sido assegurada, não apenas, pela contínua participação de seus docentes e discentes nos mais variados eventos nacionais e internacionais, mas, principalmente, pela produtividade que se reflete em publicações de livros e artigos no país e fora dele. Igualmente importantes são os seminários internacionais organizados pelo PPGAS em Brasília; a publicação da Série Antropologia que, com cerca de 300 números, tem ampla circulação no Brasil e no exterior; os mais de 20 volumes do Anuário Antropológico, revista de âmbito nacional e internacional criada em 1976 e produzida por membros do PPGAS; e a Coleção Antropologia da Editora Universidade de Brasília que publica volumes não somente de antropólogos da UnB, mas de outras instituições dentro e fora do país.